13 de maio de 2008

Pra não dizer que não falei Bom Dia!


Não é sempre.
Há dias em que acordamos com tanto sono, tanta letargia que se olharem para a gente temos vontade de perguntar: o que foi, ô?Mas há dias diferentes. Em que acordamos com vontade de abrir as janelas – da casa e da alma – e vibramos ao ver que há ao menos uma possibilidade, por menor que seja, de que o sol venha e nos traga alegrias – e olha que podem ser pequenininhas. Nesses dias qualquer ruídinho infame nos faz sorrir. É quando dizemos estar de bem com a vida, e ela merece, vamos e venhamos!Pois bem. Hoje foi um dia assim e eu disse, lá no meu coração, tudo o que sentia e queria dizer talvez até com palavras mesmo. Expressei meus sentimentos e ninguém viu. O mundo e seus sortilégios nem सेम्प्रे। permite que vejam o que sentimos. É ou não é? Quem jamais se sentiu invisível e mudo diante do mundo, que se manifeste agora!Pois bem, hoje eu olhei em volta e soltei os verbos। Todos. Os adjetivos e predicados também. Os objetos, idem. E eis o que saiu:Bom dia, formigas todas do meu mundo, ratos, baratas, minha gatinha e borboletas, muitas borboletas com suas lagartas - promessas de novas e multicores borboletinhas. Bom dia, sombra minha, tudo bem contigo? Sentiu minha falta? Bom dia céu azul de outono, bom dia, sol, bom dia vento, astros, folhas de maio, bom dia saudade do mar de Copacabana, bom dia areia do Cambirela, bom dia amores que se foram, tristezas que partiram, felicidades que virão, abraços que não voltam, beijos que foram roubados. Bom dia, palavras que não ouso dizer para não magoar. Ah, engolidas palavras minhas... Bom dia, velho coração atormentado, atordoado, amedrontado, embolorado mas, ao mesmo tempo, reelaborado e enfeitiçado. Bom dia, corpo suspenso pela tarja preta, consciência esquecida pelo excesso de trabalho. Bom dia vida, passado, presente e futuro.
Bom dia a tudo que não existe, porque nada, enfim existe a não ser uma certa essência que controla tudo e que a gente não pode abraçar. Bom dia, minha reza, meu canto, a fé que ainda tenho e que, com certeza me mantém viva. Bom dia pitangas e acerolas do meu quintal, sempre lutando para renascer. Bom dia sorriso de um desconhecido na rua. Bom dia seres que fazem parte dos meus dias – alunos, amigos, filhos, amor, E se sobrou um bom dia sequer, saúdo a mim mesma, com um brinde de exaltação, ainda, a restos pulsantes de mim.Bom dia, leitores dessas linhas que, despretensiosamente comecei a escrever mas que não posso e nem devo (creio!) desprezar.Estou certa?

6 comentários:

Anônimo disse...

Estás certíssima... Ah, se eu acordasse todo dia com esse bom humor!!!! De novo, sua crônica ficou linda Professora!!! Nossa matéria realmente te ajudou a descobrir mais um talento... ahahhahahahahaha
Beeeeijoooossss!!!

Anônimo disse...

aaaaaaah eu acordo de mal humor mais é so me deixar quietinha que o bom humor flora raapidinho, oahioaha, é realmente é otimo acordar asssim, nos sentimos outra pessoa! aoihoaihaoiha!
proff, tens dom mesmo para escrever crônicas haha!
haoihaoiha
beeeeijos!

Sila Rosa disse...

[sorrisos] que lindo! com um bom dia assim, é triste a hora do boa noite, sozinha.

um beijinho.

Anônimo disse...

Minha linda, tenho tido muitos acessos ao blog através do seu, então vim agradecer e perguntar se já te cadastrasse no GOOGLE ANALYTICS. Com ele a gente vê o número de visitantes, da onde vem, o conteúdo que lêem e etc.

Tenho novidades boas, te conto com tempo.

Beijocas e um lindo final de semana.

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Ah Bruka, o superhipermegaturboNamorado já fez sim!!!
Oq seria do mundo se não fosse os namorados espertos? =)