Li em algum lugar, não lembro onde e nem sei seu autor que “A idade não nos protege contra o amor. Mas o amor, até certo ponto, protege-nos contra a idade”. Achei inteligente a frase e pus-me – o que não é novidade – e refletir. É fato que um Amor novo deixa a pele de qualquer ser humano mais bonita. Nas damas, o efeito é ainda mais doce. Estamos carecas de ver mulheres de todas as idades contando suas felicidades amorosas em belo tom de voz e cútis, com cabelos mudados e brilhantes e saúde para dar e vender. Quanto aos homens? Bom, alguns até deixam de ser carecas em nome de um novo sentimento, outros remoçam tanto que nem a família o reconhece mais. Os amigos perguntam qual a fórmula secreta e as outras mulheres passam a olhá-lo com muito mais interesse. Mas, um fato é comum sempre: os comentários. – Nossa, como estás bonito(a)! E a resposta é, quase sempre, uma letra de música sertaneja ”... é o amoor !” E é verdade. O amor modifica as pessoas, as faz mais jovens, mais brilhantes e felizes. Os sorrisos ficam mais sinceros, soltos, dá gosto de ver quando alguém está apaixonado e nós, os mais maduros, logo percebemos que há alguma ação do cupido no ar.
Se tudo dará certo ou não, se haverá a mais plena realização, pouco importa. Só o fato de estarmos apaixonados já basta para que o mundo que até ontem estava cor de chumbo passe a ser amarelo com bolinhas azuis, as nuvens se transformem em desenhos maravilhosos e a lua cheia seja vista como nunca - imensa e radiante. O frio vira aconchego e o calor, motivo para curtir o mar que nunca havia sido visto com esses olhos maravilhados, mesmo que o sujeito já tenha 50 anos. É, o amor faz isso e o faz com todos as pessoas, não tem escapatória. Até o mais sisudo dos mortais deixa-se levar por essa febre, essa leveza, esse não sei que que arrebata, arraza, domina e nos deixa com cara de bobos.
Mas vale a pena. Dizem que amar é também sofrer e não sou eu quem vai negar. Entretanto poderíamos arriscar uma modificação na frase: amar é viver e para viver há que se correr riscos. Risco de parecer ridículo, tolo, de ser julgado vulgar ou até imbecil, imoral, ganancioso, sem caráter. Quantos de nós que nos apaixonamos somos observados por olhares atravessados? Hummmm, ela é mais velha do que ele, aí tem... Ah, mas ela é beeemmmm mais nova, certamente gosta é do dinheiro dele. Ah, mas ele é rico, jovem e bonito, com certeza ela já sabia, por isso se insinuou tanto. Oh, lógico, feia do jeito que é, a grana do pai foi que fez com ele a amasse.
E assim, enamorados corações têm que enfrentar e correr os riscos que o amor apresenta. A sociedade aceita umas situações com mais facilidade do que outras . Se o homem é bem mais velho, tudo bem mas, seu contrário ainda escandaliza um bocado. Injusto: coração não tem idade e nem escolhe por quem se apaixona. Coração que ama só sabe de seu sentimento, nada escolhe e em tudo crê apenas para viver pois é para isso, afinal, que estamos aqui. Ou não? Se o “amor não tem idade, está sempre a nascer”, como afirmou Blaise Pascal, que importa quem nasceu primeiro? Alimentemos nossos amores com as matérias de que são feitos: sentimentos, purezas, trocas, encantos, mimos, tremedeiras, friozinhos na barriga. Um pouco de medo, certa dose de ciúmes ou inseguranças são normais e também servem como tempero mas, que o mais importante seja a aceitação de que se amamos é porque estamos vivos, afinal, “O amor é o milagre da civilização” (Stendhal)
Se tudo dará certo ou não, se haverá a mais plena realização, pouco importa. Só o fato de estarmos apaixonados já basta para que o mundo que até ontem estava cor de chumbo passe a ser amarelo com bolinhas azuis, as nuvens se transformem em desenhos maravilhosos e a lua cheia seja vista como nunca - imensa e radiante. O frio vira aconchego e o calor, motivo para curtir o mar que nunca havia sido visto com esses olhos maravilhados, mesmo que o sujeito já tenha 50 anos. É, o amor faz isso e o faz com todos as pessoas, não tem escapatória. Até o mais sisudo dos mortais deixa-se levar por essa febre, essa leveza, esse não sei que que arrebata, arraza, domina e nos deixa com cara de bobos.
Mas vale a pena. Dizem que amar é também sofrer e não sou eu quem vai negar. Entretanto poderíamos arriscar uma modificação na frase: amar é viver e para viver há que se correr riscos. Risco de parecer ridículo, tolo, de ser julgado vulgar ou até imbecil, imoral, ganancioso, sem caráter. Quantos de nós que nos apaixonamos somos observados por olhares atravessados? Hummmm, ela é mais velha do que ele, aí tem... Ah, mas ela é beeemmmm mais nova, certamente gosta é do dinheiro dele. Ah, mas ele é rico, jovem e bonito, com certeza ela já sabia, por isso se insinuou tanto. Oh, lógico, feia do jeito que é, a grana do pai foi que fez com ele a amasse.
E assim, enamorados corações têm que enfrentar e correr os riscos que o amor apresenta. A sociedade aceita umas situações com mais facilidade do que outras . Se o homem é bem mais velho, tudo bem mas, seu contrário ainda escandaliza um bocado. Injusto: coração não tem idade e nem escolhe por quem se apaixona. Coração que ama só sabe de seu sentimento, nada escolhe e em tudo crê apenas para viver pois é para isso, afinal, que estamos aqui. Ou não? Se o “amor não tem idade, está sempre a nascer”, como afirmou Blaise Pascal, que importa quem nasceu primeiro? Alimentemos nossos amores com as matérias de que são feitos: sentimentos, purezas, trocas, encantos, mimos, tremedeiras, friozinhos na barriga. Um pouco de medo, certa dose de ciúmes ou inseguranças são normais e também servem como tempero mas, que o mais importante seja a aceitação de que se amamos é porque estamos vivos, afinal, “O amor é o milagre da civilização” (Stendhal)